Governador Tarcísio acusa o PCC para justificar inoperância da Secretaria da Fazenda

Tarcísio de Freitas e Guilherme Derrite

Por Alberto Luchetti

O Governador Tarcísio de Freitas está acusando o PCC de possuir 1.100 postos de gasolina no Estado de São Paulo. Segundo o governador, o crime organizado está investindo também em usinas de álcool e usando de força para ameaçar e chantagear produtores e a produção de combustíveis. Para conter o avanço dos criminosos, prometeu uma grande operação policial. Não sabemos se o governador está agindo desta forma por convicção ou para justificar um investimento maior ainda na Secretaria de Segurança Pública.

Sempre que o PCC é citado no comércio de gasolina, as empresas de Roberto Augusto da Silva – mais conhecido como Beto Louco – e de seu sócio “Mohamed”, aparecem como representantes dessa facção criminosa. A principal delas é aDistribuidora Copape (em Guarulhos). 

As outras empresas citadas que também fazem negócios com a dupla são: a Latin Oil (no Uruguai), Terra Nova (em Tocantins), Gol (em São Paulo), Aster(em São Paulo) e a distribuidora Rodoil, citada no Ministério Público como umadas maiores compradoras da Distribuidora Copape, do Beto Louco.

A verdade é que até hoje nada se provou sobre a participação do PCC em postos de gasolina ou na distribuição de combustíveis no Estado de São Paulo. O que essas empresas fazem, na realidade, é sonegação de impostos no Estado sem nenhuma atuação dos auditores fiscais da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, SEFAZ-SP.

A inoperância da cúpula da SEFAZ-SP, e de alguns funcionários privilegiados, é absurda. Como se não bastasse a falta de ação desse grupo na fiscalização nas empresas de Ricardo Magro, especificamente com a Refinaria de Manguinhos, que já sonegou em São Paulo mais de 8 Bilhões de reais, temos um caso emblemático ocorrido no final de outubro e na primeira quinzena de novembro do ano passado.

Distribuidora Copape, numa ação triangulada com outro estado da federação, distribuiu mais de 250 milhões de litros de óleo diesel, em menos de 30 dias no Estado de São Paulo, sem pagar ICMS. Com 0,95 centavos de reais de imposto por litro, a sonegação chegou a quase 250 milhões de reais. A SEFAZ-SP não fiscalizou, nada fez até agora e não sabe o que fazer e como justificar o prejuízo. Aí o Governador Tarcísio culpa o PCC e nada faz contra a sonegação.

O Ministério Público de São Paulo neste mês de maio encaminhou um comunicado arquivando um processo criminal contra Beto Louco, a Copape, a Latin OilTerra NovaGol, Aster e Rodoil. No documento o MP afirma que se existe crime é contra a ação tributária, no valor de Um Bilhão e Trezentos Milhões de Reais.

O próprio MP afirmou na TV Bandeirantes, durante uma reportagem sobre sonegação fiscal, que um levantamento apontou que três empresários sonegaram mais de 20 bilhões de reais. Essa sonegação tem nomes: Ricardo Magro, Beto Louco, Mohamed e outros. Não tem PCC.

Veja a reportagem em Nova York quando o Governador Tarcísio de Freitas acusa o PCC, sem provas, talvez para justificar mais verbas para a Secretaria de Segurança Pública, do secretário Guilherme Derrite.

https://drive.google.com/file/d/1yYK7OvFNcPK4UB46SSG7mWSU-ZN3nZAG/view?usp=share_link

NOTA OFICIAL DA RODOIL

Leonardo Bandeira, Coordenador da Camejo Comunicação, assessoria de imprensa da RodOil, encaminhou uma nota oficial da empresa afirmando que a RodOil nunca teve ligação com o PCC. Realmente no artigo acima, no Blog do Xonka, assinalamos um comunicado do Ministério Público do Estado de São Paulo, onde está claro que a RodOil não participou de nenhum esquema do PCC.

Como o Blog do Xonka reportou na semana passada, o MP disse que “o único crime que as empresas cometeram foi o de sonegação fiscal”. Por isso o MP arquivou todo o processo que investigava várias empresas, inclusive a RodOil, que desconhece esse processo do MP de São Paulo.

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