Porto de Santos: uma disputa política por espaço ou briga de quadrilha?

Senador MDB SP Alexandre Giordano     X  Presidente do Porto de Santos Anderson Pomini

Por Alberto Luchetti

O Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do Republicanos, precisa urgentemente dar uma resposta inteligível e esclarecedora sobre as acusações do senador Alexandre Giordano, do MDB, contra o presidente do Porto de Santos, Anderson Pomini, nomeado pelo ex-ministro Márcio França, do PSB.

A salada política misturando MDB, contra o PSB, sob o comando do Republicanos, pelo conteúdo das acusações, mais parece briga de quadrilha. Pelo menos tem todos os ingredientes para se imaginar isso, já que um está tentando prejudicar o outro. O Painel S.A. da Folha de S.Paulo, destacou, novamente, na terça-feira, dia 13 de fevereiro, essa briga entre Giordano e Pomini.

O senador Giordano do MDB encaminhou um documento oficial do Senado Federal ao ministro Silvio Costa do Republicanos, no dia 7 de fevereiro, relatando várias denúncias contra Anderson Pomini, indicado pelo PSB. Ele acusa Pomini de pagar um milhão de dólares (quase 5 milhões de reais) para permanecer no cargo de presidente do Porto de Santos. 

Pergunta que não quer calar: se o Ministério de Portos e Aeroportos está sendo administrado pelo Republicanos e o cargo do Porto de Santos foi preenchido por indicação do ex-ministro Márcio França do PSB – advogado e sócio de Pomini -, quem teria recebido essa dinheirama para manter o mesmo Pomini no cargo?

Mas Giordano não parou por aí. No mesmo ofício do Senado Federal enviado ao Ministro Silvio Costa, o senador Giordano enfatiza que Pomini exige recebimento ilícitos, em dinheiro, para adiantar o pagamento de empresas e, atrasa, deliberadamente, a liberação de recursos para fornecedores para exigir contrapartida em propina. 

Todas estas denúncias do senador Giordano contra Anderson Pomini constam nesse documento do Senado Federal que segue em anexo:

Para tentar se defender, o presidente do Porto de Santos, Anderson Pomini passa para o ataque contra o senador Alexandre Giodano. Pomini afirma que o conflito teve início após a demissão de Antônio de Pádua de Deus Andrade, indicado por Giordano para o cargo de diretor de operações no Porto de Santos.Ex-ministro da Integração Nacional no governo do ex-presidente Michel Temer, Andrade chegou a ser preso, em setembro de 2020, após investigações da Polícia Federal apontarem o desvio de recursos públicos destinados para a construção de hospitais de campanha durante o combate a pandemia da Covid-19, no Pará.

A briga está intensa. Cabe ao Ministro Silvio Costa acabar com essa troca de acusações e mandar investigar todos os fatos. Deverá encaminhar as denúncias de corrupção ao Ministério Público Federal e as acusações administrativas ao Tribunal de Contas da União.

Essa disputa entre MDB de Giordano, o PSB que indicou Pomini sob a tutela do Republicanos do Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa, pode acabar caindo no colo do PT do presidente Lula

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