Rebaixado a figura decorativa, Márcio França está na segunda divisão da política brasileira

Por Alberto Luchetti

    Depois de ser albergado no Ministério de Microempresa, o socialista oportunista, Márcio França, ficou sem função em Brasília. O PSB, seu partido, demonstrou, em entrevista ao Jornal Valor, descontentamento com o papel de “figuração” que o Micro Ministro França está desenvolvendo no governo do presidente Lula. Como afirma a Revista Veja, ele perdeu o ministério e ganhou um crachá para dizer que ainda é ministro.

     Os socialistas não querem esse papel figurativo de França no Ministério de Justiça, ainda mais com a saída de Flávio Dino, também do PSB. Exigem uma participação maior do partido nas decisões e não querem perder os cargos que possuem na pasta do futuro Ministro Ricardo Lewandowski.

      O que os socialistas talvez não saibam é que o Ministro de Pequeno Porte Márcio França – sem função em Brasília – está agitando o Porto de Santos, como se ainda estivesse no cargo de Ministro de Portos e Aeroportos, e na política municipal em São Paulo, como se fosse um grande puxador de votos, esquecendo-se que perdeu três eleições seguidas, sendo a última de lavada para o Senador Astronauta, Marcos Pontes.

    Com investidas políticas e de negócios tanto na Baixada como no Planalto, o socialista oportunista Márcio França fica na ponte aérea Brasília-São Paulo, sendo um dos integrantes do governo Lula que mais se utilizou dos aviões da FAB, segundo a CNN Brasil. Dizem até que foi visto na Cidade de Orlando, na Florida, na terra de Mickey Mouse.

     Na Baixada, não podemos esquecer que o presidente do Porto de Santos, Anderson Pomini, que continua no cargo, foi indicado por Márcio França, além de ser seu sócio e advogado particular. Recentemente, numa palestra na Associação Comercial de São Paulo, por exemplo, França deixou claro para os empresários que pretende desenvolver no Porto um polo tecnológico. Só faltou dizer que havia dado ordem para Pomini. Esse anúncio foi publicado no Jornal A Tribuna de Santos, onde o Micro Ministro França afirma: “precisamos trazer modernidade para o Porto de Santos e eu estou sugerindo até uma pesquisa a respeito do porto digital do Recife, visto que é um caso de sucesso”.

      No caso do Planalto, o socialista oportunista subiu a serra, pegou no braço a “patricinha” e deputada federal Tabata Amaral lançando-a candidata a prefeita de São Paulo. Ato contínuo levou um puxão de orelha do presidente Lula que não está contente com essa divisão nas bases de seu governo, ainda mais no maior colégio eleitoral do País.

     No Jornal Folha de S. Paulo, o presidente Lula pediu que haja um esforço por um acordo entre candidatos do governo na eleição municipal de 2024. Para o vice, Geraldo Alckmin (PSB), partido de França, Lula disse que está incomodado com as críticas de Tabata ao candidato Guilherme Boulos (PSOL) – apoiado por Lula a prefeito da capital.

      A verdade é que quanto mais se mexe para tentar relevância política, mais ferve a gordura na frigideira em que está o socialista oportunista Márcio França no governo do presidente Lula. Não tenham dúvida que depois do Carnaval, Márcio França, continuará dançando e cantando só que fora do governo, quando Lula deverá fazer uma nova reestruturação ministerial. Desta vez, ao que parece, a máscara vai cair.

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